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Quero apenas esclarecer-vos que tudo aquilo que aqui é apresentado consiste em pura "ficção artística". As ideias, opiniões e sentimentos exibem um fundo de verdade, mas os adornos que as complementam são mera fantasia. Assim, não levem ao pé da letra as minhas composições, porque, por vezes, o que sou difere, largamente, daquilo que escrevo.

 

A Ti, que Te Atreves!

As composições literárias aqui apresentadas são uma forma de expressão emocional, racional e criativa. O objectivo não é agradar por agradar, mas tocar na essência de cada um. Falar ao mais íntimo de vós, isenta de honestidades dúbias ou encantos reles. Comentem, critiquem, proponham, questionem, acima de tudo, participem. Obrigada pela visita, espero que apreciem o meu trabalho!

COMÉDIA!?

 

                Os chavões cómicos que transbordam dessa tua boca não me apelam às endorfinas cerebrais. Sorrio, porque outros a meu lado, igualmente, expressam graça pelas tuas fábulas encardidas. Essas conjugações monocórdicas de termos neologistas não sobressaem mais que dois canitos empilhados. E, embora os sorrisos na plateia sejam sinceros de espontaneidade, os meus mentem, quando te olham e perdem a coragem de insultar. O desagrado interior sucumbe aos salpicos de uma veia ardente e chamuscada. A diversão que os teus lábios pronunciam, é jura que outrora foi quebrada. A felicidade duradoura, a simplicidade de horários, a conexão de almas e paixões, onde está? Devo ter tardado no despertar, pois esse foi momento que perdi…

                Esse palco, sobre vidros esculpido, espelha um homem declamador de provérbios e anedotas banais. O consumo social parece insaciável de desejo, já que não larga as tuas cantorias no barranco. O paupérrimo e o abastado sentam-se, alados, numa multidão ignorante. A piada, desde que hetero – direccionada, despoleta gargalhadas nas mais diversas fasquias. O socialite e o plebeu riem juntos de uma graça, cujo dono passa despercebido. ‘Não me denigram a imagem! Não me revelem exagerado, se verídico tal parecer! Excomunguem o desgraçado, de beira escasseado, para um dia vir a morrer. Deixem-me fora dessas coisas engraçadas, porque a demora não tardará, de pontas aguçadas ela virá. Tenho dito! ’ Os homens berram, a população somente ri e ignora. De que vale um humorista sóbrio se, inclusive sóbrio, o tal não pode fingir embriaguez? Tantos copos de gin recusados, tantas caipirinhas devolvidas para, no final, a piela falsificada soar igual à efectiva. Como é triste ser-se cómico num país de gente pré-formatada! O que de mim resultar hilariante, deprimente o farei parecer. O que de outro surgir consumível ou medianamente aceitável, graciosidade suprema convertê-lo-ei.

                Não é em defesa dos comediantes que hoje venho, mas em objecção de uma nação sombria e egoísta. Uma ignorância atroz que definha nos intelectos nacionais. Não é exclusividade de uns, de outros ou de alguns, mas de uma maioria mesquinha e inculta. A caricatura, por exemplo, esse desenho abandalhado que exacerba detalhes sórdidos e indesejados, alguém, alguma vez, processou um artista manual por exibir tal retracto nas praças públicas? Desconheço. A definição apresentada no dicionário para ‘caricatura’ é clara e consensual entre povos: um exagero da realidade, uma pintura que pretende enfatizar os defeitos de um alguém, obter graça, divertir. O humor, não querendo parecer repetitiva no conceito, mas assemelha-se a isso. Uma sátira que, enquanto tal, não deverá ser levada a sério. Simples a explicação, difícil a interiorização. Por demais habitual…

                Imaginem-se felizes. Imaginem-se felizes e seguros. Imaginem-se felizes, seguros e indestrutíveis. Se a convicção de vós for grandiosa, nenhum palavreado corriqueiro, quer resulte da comédia, da inveja ou da maldade, conseguirá demolir tais certezas. O que somos não está sujeito a proclamações alheias, emerge de atitudes que são nossas, de mais ninguém. Difamar? Que tolo se atreveria a fazê-lo, quando mentira é! Acreditar? Que discernimento se permitiria crê-lo, mesmo se algures, um tolo teve o descaramento de mostrá-lo credível! Aborrecer? Porque iria um homem de carácter forte e, de valores, incorruptível, rebaixar-se a tão tristonho desfecho, quando o tolo não queria mais que divertir, quando o insensato crente desejava, somente, distracção e alguma alegria?

 

[To Jolt A Little Bit]

What you are confuses my mind with what I am. Questioning what's between corps makes me dizzy and frustrated. I don't understand the meaning of such a thing. These insistence to bring it back are nothing more than unnecessary whimper; uncontrollable suffering that I hate more than fate. 

 

[DIVAGAÇÕES]

A maldade corrói a alma e isola o corpo do mundo. Separa-o firmemente do espaço terrestre e canaliza-o para o vazio da solidão. Por isso, é melhor sermos bondosos. Agradar para ser agradado. Ceder de nós em pequenas coisas para conquistarmos o nosso lugar e sermos aceites. Tolices! Não aprovo ter de abdicar de mim para integrar a sociedade animal de homens. Esses outros que caminham ao meu lado e não olham, esses não merecem o esforço. Não valem a perfuração da alma que a imitação macacal me causa. A felicidade maior é ser amada pelo que sou e não por qualquer outra coisa além disso. O amor e o afecto desvalorizam quando são desproporcionais à verdade da essência. Caem como gotas de chuva em pedra dura e não crescem. A infertilidade dos solos é suavizada pela beleza dos monumentos sobre eles elevados. A enganadora beldade comprada com circunferências douradas que caiu em desuso no meu coração. Morreu inesperadamente cá dentro e renasceu em novidade natural. Em humildade e simplicidade de ser-se apenas isto. Sou o que sou, porque nasci e desenvolvi-me assim e não desejo mudar. Não tenho esperança que as impressões no meu código genético se alterem para me tornarem mais similar aos meus pares. Não adormeço a sonhar com o dia em que me irei deitar sem pesadelo na mente. A definição de mim é, basicamente, pouco estimulante. O desinteresse que me atribuem não é real, porque, independentemente do que pensem, o que sou sempre terá interesse para alguém: eu. A perda de identidade sufoca os pulmões debaixo de água e afoga o peso interno. Arrasta para o fundo o corpo inerte e frio. Marmoreado e translúcido, sem vida a pulsar o sangue que escorre das artérias para as veias e penetra o coração maldito. Dá-lhe alento para não morrer, enquanto vagarosamente lhe extrai a vontade de viver.

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01-11-2011 21:09
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01-11-2011 21:08
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